Os olhos castanhos são lindos, serenos
Seu brilho nos mata, nos prende e seduz!
Porém, a minh'alma despreza-os, sem mágoa
Por ver tão somente os teus olhos azuis!
O Sol, despontando na rubra alvorada
Na terra, nos mares, em tudo reluz!
Mas, nunca os seus raios as setas lançaram
Que lançam, vibrando, os teus olhos azuis!
E, quando me vires, com os olhos em Cristo
E as mãos tremulantes seguras à cruz
Verás que a minh'alma fugindo, invisível
Procura asilar-se em teus olhos azuis!
Não sei o que influi o azul dos teus olhos!
Que chama! Que brilho! Que ímã! Que luz!
Já ouço a minh 'alma dizendo-me baixinho
Eu fico cativa de uns olhos azuis!
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