Ela é a fada perdida que um dia caiu adormecida na minha vida
Sai do banheiro nua, prova vestidos, não pede perdão
Ama os incovenientes, fica brava comigo e fala francês
Dança como a princesa do reino neurótico da minha infância

Ela diz bonito, soa como liberdade

Todas aquelas noites bêbado acreditava que a encontraria, mas a perdi
Tive que fazer algum duelo, cortar meu desejo com um bisturi
Quis encontrar na gota do último whisky que nunca bebi
Tive um amor na noite anterior do dia depois que te vi

Ela diz bonito, soa como liberdade

Nosso amor é uma cama de estanho
Que te corta quando você quer dormir
Que nos faz nos envolvermos e nos perdermos
O que nos une a infelicidade de existir
E este amor é como um gelo quente
Que te queima quando você quer chupar
Que se esforça para não deixar sobreviventes
Que é uma mentira, mas também é verdade

Ela diz bonito

Ela floresce no jardim seco corrosivo da minha solidão
Não há nada do mundo que eu goste mais do que abraçar-te e depois despertar
Tenho um passado terrível e alguns segredos para confessar
Tenho algum brinde pendente que um dia inconsiente vou lhe oferecer

Ela diz bonito, soa como liberdade

Esse amor é como flores de alumínio
Que se oxidam quando você as quer regar
Que nos faz cheios de caprichos como crianças
Que choram porque sentem falta da mamãe

Esse amor é como um tango polonês
Porque não há milonga, nem aceleração
Porque me faz sentir vivo na tragédia
Porque é auto-destrutivo como eu

E este amor é uma cama de estanho
Que te corta quando você quer dormir
Que nos faz nos envolvermos e nos perdermos
O que nos une a infelicidade de existir

Ela diz bonito