Vejo a esquina sozinha
A rua vazia, à tarde
A cada instante agravante
Um barulho flagrante: Dança do ar
É preciso, é preciso, é preciso
Lembrar daquele aviso do sonho passado
E tirar do ruído um sorriso
Do tempo um tempo que se possa lembrar
Cabe um pedaço, um laço
Naquele espaço caído
Usando palavras sensatas se ganha pedradas
Mas tanto faz
Eu possuo um porto seguro
No meio do escuro, posso enxergar
Meu antigo futuro de sempre
De fato há algo errado
Está consumado, é ver pra crer
O momento, a rotina, monumento
Os homens no centro, portão trancado
E minutos depois já é noite
De novo no escuro, posso enxergar
Meu antigo futuro de sempre
Meu antigo futuro de sempre
É conveniente pensar demais
Tem medo de gente que sabe levar
Virou de repente meu sono letal
Certamente que sou capaz
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