O Brasil possui uma das maiores diversidades de ritmos do mundo, onde cada estado tem um tipo de música que o caracteriza. Por isso, vamos falar sobre como tocar ritmos brasileiros no violão.

A enorme variedade de estilos musicais brasileiros proporciona um estudo riquíssimo de violão, abrangendo teoria e técnicas que chegam quase a ser um curso completo.

Então, tudo pronto para aprender como tocar ritmos brasileiros?

Descubra como tocar 6 ritmos brasileiros no violão

Como falamos, a diversidade de ritmos do Brasil é enorme, não sendo possível abordar todos em um único artigo.

Por isso, escolhemos 6 ritmos bem representativos da música brasileira. Bora lá?

1. Samba

Não é preciso fazer nenhum grande estudo para descobrir qual o ritmo brasileiro mais conhecido no mundo. Qualquer estrangeiro associa facilmente nosso país com o samba.

Muito mais do que um cartão postal do Brasil, ele é um ritmo com várias vertentes, sempre tocadas com violões de corda de nylon.

Uma particularidade do samba é o uso constante de violões de 7 cordas. No entanto, recomendamos que você inicie seus estudos com um instrumento de 6 cordas.

Apesar de existirem músicas de samba relativamente fáceis de tocar, esse ritmo brasileiro se caracteriza por ter batidas complexas, feitas com os dedos, sem palheta.

Dessa forma, o polegar toca as notas mais graves dos acordes. Já os dedos indicador, médio e anelar tocam as cordas primas.

Outra característica do samba é o uso de acordes dissonantes e inversões que trazem formatos complexos.

Portanto, tenha paciência e seja perseverante. Afinal, quem quer saber como tocar ritmos brasileiros no violão, precisa dominar o samba.

Além disso, quando você estiver tocando esse estilo musical com fluência, terá dado um grande passo em seus estudos. Um bom exemplo de samba é Serenata de Teleco-Teco, do Gilberto Gil.

2. Sertanejo

Além de ser um dos ritmos brasileiros de violão mais tocados, o sertanejo tem muitas vertentes.

Ele vai desde variações com batidas mais simples – como a guarânia, por exemplo –, até levadas mais complexas, como a polca paraguaia e o pagode de viola. Cada um desses ritmos está ligado a diferentes culturas espalhadas pelo país.

Ao contrário do samba, o sertanejo traz batidas mais simples, mesmo nas suas vertentes complexas. Elas são tocadas em violões de corda de aço, sendo comum o uso da palheta em vez dos dedos.

Além disso, suas progressões costumam ser mais simples, com muito uso de acordes maiores e menores.

As dissonâncias mais utilizadas são os acordes com sétima e nona, cujos shapes não trazem nenhum mistério. A única exceção fica por conta das pestanas, naturalmente mais difíceis.

No entanto, existem músicas com apenas 1 ou no máximo 2 acordes nesse formato, sendo excelente para quem deseja começar a se aventurar por esse estudo.

O sertanejo é um bom começo para quem quer aprender como tocar ritmos brasileiros. Assim, recomendamos a música Borboletas, da dupla Victor e Leo, como ponto de partida.

3. Bossa nova

Qual o ritmo mais tradicional do Brasil? Um forte candidato a esse posto é a bossa nova, um tipo de samba que virou um gênero por si só.

A influência de outros ritmos brasileiros na bossa nova é muito grande, maior até que do jazz, que se faz mais presente em suas harmonias.

Assim como o samba, a bossa nova é tocada em violões de corda de nylon e sem palheta. Suas diferentes batidas de mão direita devem ser tocadas de forma gingada, evitando uma pegada quadrada.

Além disso, a bossa nova tem harmonias complexas, trazendo acordes dissonantes bem difíceis de serem montados e trocados.

Suas progressões costumam ter, em média, mais de 20 acordes. Portanto, o estudo de campo harmônico e intervalos são importantes para dominar esse gênero.

Se você quer saber como tocar ritmos brasileiros, recomendamos que seus estudos de bossa nova comecem quando você alcançar o nível avançado, podendo praticar Chega de Saudade, do João Gilberto.

4. Choro

Um dos ritmos brasileiros mais complexos para aprender no violão é o choro, tocado em instrumentos de corda de nylon e sem palheta.

Seu ritmo usa muita síncopa com o padrão de semicolcheia – colcheia – semicolcheia, que forma uma figura conhecida popularmente como “garfinho”. Por isso, o gingado da mão direita (esquerda para os canhotos) é primordial.

Ele também usa a técnica de dedilhado. Em muitos casos, é necessário tocar frases melódicas junto com os acordes, técnica que se aproxima do fingerstyle.

Falando em acordes, as progressões do choro usam muitas inversões e baixarias, que são frases no acompanhamento executadas na região grave do violão.

Por isso, deixe para estudar o choro depois da bossa nova, praticando Carinhoso, do Pixinguinha.

5. Forró

Apesar de não ser comum o uso do violão no forró, é comum adaptar esse ritmo ao violão de nylon. Suas progressões de acordes costumam ser tranquilas.

No entanto, as batidas de violão demandam mais atenção, pois o forró é um ritmo onde as músicas geralmente estão em andamentos rápidos.

Assim, é preciso que os dedos indicador, médio e anelar toquem as cordas primas com as unhas ao invés da pele.

Por isso, sugerimos que você comece seus estudos praticando as músicas de forró em um andamento mais lento com a ajuda do metrônomo.

Um clássico do forró é Anunciação, de Alceu Valença.

6. Frevo

O frevo é um marcha de ritmo sincopado tocada em andamentos rápidos, sendo que também podemos adaptar esse ritmo em violões de corda nylon e sem palheta.

Suas harmonias trazem uma grande quantidade de acordes, geralmente com trocas muito rápidas entre eles.

A independência entre os dedos da mão direita é fundamental, pois o frevo exige  alternâncias irregulares entre o baixo dos acordes e as cordas primas. Além disso, dedilhados se misturam com batidas nas progressões de acordes.

Ele deve entrar nos estudos sobre como tocar ritmos brasileiros quando você estiver no nível avançado. A música Um Frevo Novo, do Caetano Veloso, é um bom começo.

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Curtiu nossas dicas sobre como tocar ritmos brasileiros? Então, é hora de você aprender a tocar as músicas mais famosas do Brasil.

Se torne um mestre da música brasileira no violão. Não perca tempo!