Nem mesmo a taça é companheira dos boêmios
Que antigamente amenizava minha dor
Hoje não pode nem sequer de minha mente
Curar a mágoa que deixou um grande amor
Por isso eu digo abraçado no meu pinho
É companheiro dessa minha solidão
Enquanto isso relembrando aqui sozinho
É grande o pranto do meu pobre coração
Enquanto às vezes pela rua embriagado
O meu retrato se reflete em poças d’água
No meu espelho vejo a sua linda imagem
Sempre a sorrir e criticar da minha mágoa
E lá do céu vem clareando o meu caminho
A Lua amiga que é madrinha dos boêmios
E nessa vida eu carrego angustiado
A cruz da dor que ficou-me como prêmio
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