Fala, guitarrista abençoado! Seja bem-vindo. Estamos aqui hoje para dar dicas de como conseguir um incrível timbre de Guitarra Worship. Nesse sentido, explicaremos cada ponto da cadeia de sinal, além de abordar as principais técnicas do estilo. Bacana, hein?

Primeiramente, vamos deixar claro o que é Worship. Trata-se da sonoridade predominante nas igrejas evangélicas da atualidade, que buscam um estilo de adoração contemporâneo. Grupos de louvor internacionais como Hillsong United, Vineyard, Bethel Music e Jesus Culture, entre outros, foram pioneiros nessa abordagem que se popularizou nas últimas décadas. 

Musicalmente falando, as canções são harmonicamente simples, mas geram uma profunda atmosfera de entrega e quebrantamento. Para criar tal clima, a guitarra usa muitos efeitos de ambiência, incluindo reverb e delay. Os arranjos são, em grande parte, minimalistas, mas muito bem encaixados – um bom exemplo é Oceans, do Hillsong United.

Como conseguir um bom timbre de Guitarra Worship          

Depois que fizemos essa introdução, chegou a hora de esmiuçar cada etapa da cadeia de sinal para obter um belo timbre de Guitarra Worship. Dessa forma, com certeza você vai fazer bonito nos cultos de domingo. Preparado? Vamos lá!

Guitarra – o início de tudo

Em primeiro lugar, está a guitarra, claro. Muitos modelos podem ser utilizados para Worship, mas alguns tipos do instrumento são mais comuns, caindo como uma luva para o estilo.

A Telecaster é figura carimbada nos grupos de louvor. Definitivamente, esse modelo tem muita versatilidade. Ao mesmo tempo em que apresenta um timbre clean bonito e detalhado, a Tele mostra muita atitude com overdrive e distorção.

Além disso, o som mais rasgado e brilhante se destaca muito bem em meio a qualquer banda. O shape foi originalmente desenhado pela Fender, mas praticamente todas as marcas de guitarra da atualidade têm uma versão da Telecaster em seus catálogos. 

Semiacústicas também brilham quando o assunto é Worship. Isso se deve ao som encorpado que elas possuem, que preenche o ambiente de forma muito particular. A presença de alavanca tipo Bigsby é outro aspecto que casa extremamente bem com a sonoridade.

Da mesma forma, muitos modelos possuem captadores que têm um som riquíssimo, como os da Gretsch e Duesenberg. Porém, se você tem um orçamento apertado, não desanime, pois há semiacústicas com ótimo custo-benefício no mercado, basta garimpar. 

A seguir, confira o vídeo da música Your Love Never Fails, do grupo Jesus Culture, no qual os guitarristas usam uma Telecaster e uma semiacústica:

Outras guitarras tradicionais, incluindo Les Paul e Stratocaster, também são muito utilizadas para tocar em igrejas. Elas possuem um timbre clássico e versátil, que recebe muito bem efeitos diversos.

Efeitos – onde a mágica acontece

Dando sequência ao processo, com um belo som de guitarra já garantido, chegou a hora de usar a criatividade e inventar texturas com os pedais. Aqui, há algumas receitas que funcionam muito bem. Olha só: com um overdrive, um distortion, um delay e um reverb, você toca praticamente qualquer música de Worship. A escolha do modelo certo e a regulagem farão a diferença.

O overdrive deve preservar o timbre original da guitarra, adicionando uma sujeirinha bonita, com médios bem presentes. Variações dos clássicos Tube Screamer, Bluesbreaker e Klon Centaur são perfeitas para esse tipo de som.

Já o distortion é indicado para aqueles momentos mais enérgicos, em que a banda cresce e toca pesado. Por isso, o som deve ser encorpado, mas sem perder a presença. Pedais que seguem a linha do OCD, Rat ou até do Fuzz Face (se você quiser ousar um pouco mais) são bastante recomendados. 

Falando das ambiências, um bom delay é imprescindível para o timbre de Guitarra Worship. Dê preferência aos modelos com recurso de tap tempo e seleção de divisão rítmica. Dessa forma, você não terá problemas para fazer o delay de colcheia pontuada tão famoso no estilo, como prova a música Filho do Deus Vivo, de Nívea Soares.

Agora, quando falamos de reverb para Worship, escolha um pedal que tenha uma cauda longa e função shimmer. Esse tipo de efeito cria um lindo preenchimento, perfeito para levar as pessoas à adoração.

Se preferir, você pode optar por usar uma pedaleira digital em vez de pedais individuais. Elas são muito práticas, versáteis e completas, apesar de não terem um timbre tão orgânico quanto o de equipamentos analógicos. Outra vantagem é o fato de muitas apresentarem simulação de gabinete, dispensando o uso de amplificador.

Amplificador – ou não!

Um amplificador de Guitarra Worship deve ter um bom timbre limpo, que receba muito bem efeitos externos. Nesse sentido, modelos tipo Fender e Vox, mesmo que transistorizados, são ótimos para a finalidade.

Muitos guitarristas preferem usar amps valvulados, deixando o sinal levemente saturado, que dá um toque todo especial ao som. No entanto, tenha em mente que esse tipo de equipamento é mais caro, frágil e requer manutenção periódica.

Uma dica: amplificadores de 30 a 50 watts de potência têm volume suficiente para a maioria das igrejas.

Por outro lado, são cada vez mais presentes nos templos evangélicos a ligação em linha e a monitoração via fone de ouvido. Essa abordagem deixa o som do palco mais baixo e limpo, sem contar que os músicos se escutam melhor.

Nesse sentido, os pedais simuladores de gabinetes são muito utilizados, pois tratam o sinal e o enviam diretamente para a mesa de som, tirando as frequências indesejadas. Se a simulação de gabinete trabalhar com a tecnologia de Impulse Response, melhor ainda, pois tem um som muito realista e abre um grande leque de opções ao guitarrista. 

Técnicas comuns na Guitarra Worship

Agora que você já está preparado para tirar um incrível timbre de Guitarra Worship, vamos pontuar rapidamente algumas técnicas populares do estilo.

Os acordes com apenas tônica e terça são amplamente utilizados, pois têm um som bonito que não embola com o resto da banda. Adicionando delay e reverb, chegamos a um timbre praticamente celestial. Assim, recomendamos que você estude essa técnica.

Nas partes mais pesadas, os bons e velhos power chords caem muito bem, assim como a utilização de riffs em oitavas. Por outro lado, quando falamos de solos e arranjos de complementação, a aplicação de slides, vibratos, double stops e bends é muito presente. O solo da música O Carpinteiro, de Alessandro Vilas Boas, é um bom exemplo do que estamos falando:

Independentemente da técnica utilizada, a execução deve ser firme, com pegada precisa. Além disso, a sensibilidade é um fator primordial na Guitarra Worship, afinal, os músicos têm a responsabilidade de levar a igreja à adoração. Seja como for, toque sempre com paixão, dando o seu melhor! 

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E aí, curtiu o nosso passo a passo para um incrível timbre de Guitarra Worship? Esperamos que sim! Caso você queira ir ainda mais a fundo nas questões técnica e didática, conheça o Cifra Club Academy, que contém cursos completos não só de guitarra, como de violão, baixo e muitos outros instrumentos musicais.

Ficamos por aqui, guitarrista abençoado. Mas nos vemos em breve, ok? Um abraço e muito Worship em sua vida!