Cansei muitos cavalos nas estradas,
meus olhos se perderam pelos céus...
Carrego tantos sóis e chuvaradas
no feltro desbotado do chapéu!
Tal fosse um touro alçado que se esconde,
meu sonho segue em mim além do vento...
As vezes vou buscar saber aonde
se oculta no meu próprio pensamento.
Não tenho mais os braços de pau-feno,
Mas muitas cicatrizes pelo couro...
E ouço, no silêncio, um triste berro
do gado que levei pro matadouro...
Conheço a nostalgia e a paciência;
carrego a imensidão nos meus aperos...
A estrada sempre foi minha querência
na vida cotidiana de tropeiro...
E o canto das esporas andarilhas,
repete-se em prenúncio do depois...
Pra sempre vou seguindo as mesmas trilhas,
no passo de quem vai junto dos bois...
Enquanto eu estradeio neste tranco,
o tempo anda correndo - é a evolução...
Eu fico com estes meus cabelos brancos
e as tropas vão, sem mim, de caminhão!
Não tenho mais os braços de pau-feno,
Mas muitas cicatrizes pelo couro...
E ouço, no silêncio, um triste berro
do gado que levei pro matadouro...
Conheço a nostalgia e a paciência;
carrego a imensidão nos meus aperos...
A estrada sempre foi minha querência
na vida cotidiana de tropeiro...
E o canto das esporas andarilhas,
repete-se em prenúncio do depois...
Pra sempre vou seguindo as mesmas trilhas,
no passo de quem vai junto dos bois...
Enquanto eu estradeio neste tranco,
o tempo anda correndo - é a evolução...
Eu fico com estes meus cabelos brancos
e as tropas vão, sem mim, de caminhão!
E o canto das esporas andarilhas...
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